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Artesanato e doces diversificam produção e melhoram a renda dos assentados
Sebastiana Ferreira e Rosemary Guimarães, agricultoras do assentamento São Bento do Taquaral, narram suas experiências

Texto e fotos de Cristiane Santiago

Para Sebastiana Ferreira Guimarães, moradora do assentamento São Bento do Taquaral, próximo à cidade de Heitoraí (GO), a participação em exposições como a Agro Centro-Oeste Familiar 2012 abrirá horizontes. Ela é autora de criações como as delicadas bonecas feitas com palha de milho, carroças e presépios. Ainda transforma meias de seda em variados tipos de flores que, trançadas em galhos retorcidos e secos de árvores do Cerrado, dão forma a objetos de decoração. “O artesanato me faz andar, conhecer pessoas e descobrir outras realidades e possibilidades criativas”, conta Sebastiana, que participou de feiras em Goiânia, Brasília, e vai sempre a Heitoraí para receber pedidos e entregar encomendas da sua arte.

Como a clientela tem crescido, Sebastiana precisa da ajuda dos dois filhos e do marido, que se revezam entre o trabalho no campo e o artesanato. Ela acredita que, em breve, as bonecas e os arranjos de flores contribuirão para a melhoria da renda familiar. Atualmente, o dinheiro do artesanato cobre a despesa com o material utilizado nas peças e para reinvestir em novas criações. Enquanto o lucro do trabalho artesanal não vem, a renda principal da família vem da criação de galinhas, de porcos, de vacas e da venda do leite.

Doces – Enquanto Sebastiana sonha em ter um local para vender seus produtos e aposta no artesanato como diversificação da atividade no campo, Rosemary Guimarães, sua vizinha no assentamento São Bento do Taquaral, investe na fabricação de doces. “O doce tem mercado consumidor garantido”, declara a trabalhadora rural.

Rosemary trará para a Agro Centro-Oeste Familiar doces de leite puro ou com amendoim, compotas de frutas, cocadas e frutas cristalizadas. Ela conta que não falta cliente e se orgulha de realizar a venda direta ao consumidor nas ruas, casas e no comércio da cidade. Com os olhos brilhantes e um sorriso fácil, ela acredita que, com a feira promovida pela UFG e parceiros, conseguirá expandir sua clientela para vários mercados. Além do doce, Rosemary, o marido e quatro filhos cultivam horta, mamão, pimenta, mandioca, e criam galinhas, porcos e vacas leiteiras.

Fonte: Ascom/Incra

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