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Prefeitura de Goiânia investe na compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar
Destinação de recursos para a compra dos produtos saltou de R$ 800 mil, em 2010, para R$ 8 milhões em 2013

A Prefeitura de Goiânia investe atualmente cerca de R$ 8 milhões na compra de alimentos como proteína de soja, mamão, polpa de abacaxi, mussarela e rapadura. Advindos diretamente de produtores e cooperativas da Agricultura Familiar goiana, esses e outros gêneros alimentícios integram o cardápio da merenda das 340 instituições de educação do município, que juntas atendem a mais de 120 mil alunos da rede municipal.

A aquisição foi iniciada após a promulgação da Lei 11.947, em 2009, que estabelece a destinação de, no mínimo, 30% das verbas repassadas pelo governo federal para a compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Na época, a Secretaria Municipal de Educação (SME) destinou R$ 800 mil para adquirir esses produtos. Estima-se que até o final de 2013, o percentual de aquisições ultrapassará o requerido na legislação.

Para o Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, os resultados positivos incentivam ainda mais a relação dialógica com as cooperativas e os pequenos produtores. "Hoje, em grande parte dos casos, somos atendidos pelas organizações dos produtores em condições iguais ou até melhores do que o fazem os fornecedores tradicionais. Estamos satisfeitos em ver isso acontecer, pois entendemos que a Agricultura Familiar está, finalmente, caminhando para sua emancipação, deixando de ser mera produtora para se transformar em um agente ativo e influente no contexto socioeconômico brasileiro", ressalta.

A secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida, explica que os alimentos são adquiridos por meio de chamada pública, uma forma de licitação específica para a contratação de serviços da área rural, e que há um grande empenho entre gestores, professores e alunos para a boa aceitação dos produtos. " A cada ano, é realizado um trabalho com os sindicatos para atender as necessidades das escolas. Com isso, a variedade de gêneros adquiridos e o número de cooperativas envolvidas têm sido maior ", justifica.

Alimentação de qualidade

As escolas e centros municipais de educação infantil recebem atualmente da Agricultura Familiar bebida láctea, queijo mussarela, rapadurinha, proteína de soja texturizada, açafrão, requeijão cremoso, abacaxi, mamão, polpa de abacaxi congelada, óleo de soja, leite em pó, manteiga de leite, cookie de baru, tomate, mandioca, arroz, farinha de mandioca, tempero alho e sal e filé de pescado. Ainda neste ano, novos produtos deverão ser incorporados à lista, já que há previsão de nova chamada pública.

Na avaliação da nutricionista do Departamento de Alimentação Educacional da SME, Nair Augusta de Araújo Almeida Gomes, os resultados da aquisição de alimentos da agricultura familiar significam mais qualidade na alimentação a ser servida, manutenção e apropriação de hábitos alimentares saudáveis e desenvolvimento de forma sustentável. “Goiânia está à frente de uma série de capitais. É gratificante ver os alimentos da agricultura familiar sendo utilizados nas unidades educacionais por nossos educandos”, destaca.

Juliana Barcelos/ Ascom Secretaria Municipal de Educação - Goiânia

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