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Técnicos de Silvânia opinam sobre a agricultura familiar
Representantes da Ubec – Centaf, escola agrícola localizada em Silvânia, apontam aspectos que, para impulsionar o segmento, merecem mais atenção por parte do Estado e da sociedade

Dalmir Pereira Nunes reside no município de Silvânia e é professor da Ubec – Centaf (União Brasileira de Educação e Cultura – Centro de Formação Padre Leandro Caliman). Ele vem acompanhando as reuniões de preparação da Agro Centro-Oeste Familiar desde o fim de 2011. Guarda consigo a expectativa de que a feira seja uma “porta-voz legítima” dos agricultores, trazendo à tona diversas questões para debate. “O mais importante é carregar a bandeira da agricultura familiar”, reitera.

Isso quer dizer que é preciso identificar quais aspetos da realidade do campo precisam ser fortalecidos ou até mesmo revistos. Para Dalmir, a formação é um ponto a ser examinado: “Nós enxergamos na escola um instrumento importante para que os agricultores familiares busquem conhecimento e tenham uma condição de vida melhor. Isso evita o êxodo rural e, portanto, merece atenção na construção dos seminários da feira”.

Outro aspecto seria o da promoção de uma assistência técnica colaborativa e eficaz. “Comumente ouvimos um discurso que aponta que a dificuldade do agricultor está no comércio de produtos, mas vejo que não. O gargalo está nos processos da produção, porque o agricultor é pouco amparado. Se tivéssemos assistência técnica funcionando, teríamos condições de nos organizar e levar mais produtos ao mercado”, analisa Dalmir.

Edson Vieira Porto, que além de ser professor na Ubec – Centaf é produtor e representante de duas cooperativas – a Coopersil, em Silvânia, e a Goiás Orgânicos, em Goiânia – concorda com Dalmir e amplia esse ponto de vista. “É preciso olhar para a questão das políticas públicas de modo geral, tanto no sentido da assistência como no da promoção de recursos e oportunidades”, afirma. O desenvolvimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é considerado um avanço, mas ainda tímido. “Estamos atrasados”, resume.

Edson considera que há muitas regiões cujo potencial produtivo é grande, contundo, não são estimuladas pelo Estado. “Nós também fazemos parte do agronegócio. Mais de 70% dos alimentos que estão na mesa do consumidor vem da agricultura familiar. Isso não pode ser ignorado pelas políticas públicas”, reivindica.

Estande – Edson e Dalmir também querem divulgar a atuação da Ubec – Centaf, por isso contribuirão para a organização de um estande na Agro Centro-Oeste Familiar, onde serão disponibilizados vídeos e materiais explicativos sobre a formação no campo. De acordo com os técnicos de Silvânia, há a intenção de “levar o nome da escola“ a outras regiões de Goiás.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFG

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